ABSTRACT
No presente trabalho os autores verificaram o grau de conhecimento dos cirurgiöes-dentistas da regiäo de governo de Piracicaba sobre etiologia, incidência e diagnóstico das Disfunçöes Craniomandibulares. A regiäo estudada é composta pelas seguintes cidades: Águas de Säo Pedro, Capivari, Charqueada, Elias Fausto, Mombuca, Rafard, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Maria da Serra, Säo Pedro e Piracicaba. Os profissionais dessas cidades constituem o grupo IV e alunos de graduaçäo da FOP/UNICAMP no 4º(grupo I), 6º(grupo II) e 8º(grupo III) semestres do ano de 1997. Foi utilizado um instrumento com questöes estruturadas, semi-estruturadas e abertas, sendo estes divididos em Identificaçäo Profissional e Informaçöes Técnicas. A análise estatística foi realizada através de testes binomiais obtendo-se que 63,07 por cento da populaçäo estudada é composta por clínicos gerais, dos constituintes do grupo IV, 40 por cento säo de recém-formados até cinco anos. Quanto ao setor de trabalho 59,30 por cento trabalham em clínica particular, 57,14 por cento näo fizeram pós-graduaçäo. A maioria dos profissionais dos grupos I, II, III e IV apresenta conhecimento básico insuficiente de anatomia e fisiologia da articulaçäo temporomandibular e estruturas anexas, bem como de patologias que acometem a mesma (sinais e sintomas). O mesmo se deu sobre a aplicaçäo dos exames complementares utilizados nas disfunçöes de ATM, pois a grande maioria dos profissionais pertencentes aos grupos I, II, III e IV näo conseguiu relacionar os exames essenciais e os necessários para o estabelecimento do diagnóstico diferencial. Menos de 75 por cento da populaçäo dos grupos I, II, III e IV utilizam uma seqüência padronizada de exames para o estabalecimento das DCMs, ou seja, a grande maioria näo utiliza seqüência alguma. A grande maioria dos intrevistados afirmou que sente necessidade de um programa de educaçäo continuada na área de diagnóstico e tratamento, bem como solicitou mais cursos sobre diagnósticos e uma reformulaçäo curricular, onde haja uma maior integraçäo entre a prática e o ensino teórico. E, finalmente, mais de 75 por cento da populaçäo estudada consideram-se inaptos a diagnosticar e tratar a DTM